terça-feira, 6 de abril de 2010

"Quem conta reconta...faz de conta".

UM DIA DE PRINCESAS...E PRÍNCIPES.
A maçã envenenada da Branca de Neve é tentadoramente vermelha. Como cheira o pão quentinho da Galinha Ruiva! Que medo deve sentir o ratinho entre as garras do leão. O vestido de Cinderela brilha como as estrelas... Histórias não são feitas apenas de palavras: têm peso, cor, sabor, têm detalhes que não cabem nos limites do texto, mas são tão importantes quanto as narrativas que vêm se repetindo há
séculos.

 
Normalmente, quando os adultos lêem as fábulas ou mesmo quando tentam interpretá-las, sobressaem os aspectos “pedagógicos” que estão na origem dessas narrativas.

Quando não existiam escolas, imprensa, quando os livros eram copiados à mão e o mundo era ainda um enorme continente inexplorado, essas histórias representavam um caminho para a educação de valores, posturas de vida, costumes.
Esse é um dos motivos pelos quais as fábulas são maniqueístas e moralistas. Falam do bem e do mal, do certo e do errado, do justo e do injusto, da união e da desunião, do medo e da coragem. Tanto que não eram dirigidas às crianças, mas especialmente aos adultos – daí o tom até assustador que assumem nas versões originais.

Mas não faz sentido, nos tempos de hoje, tratar as histórias de fadas como se fazia na Idade Média. Não é esse mundo cheio de certos e errados que magnetiza as crianças (e os adultos). É, sim, a sua riqueza imaginativa, a sua base de sonhos e de possibilidades que leva os humanos para muito além de seu cotidiano. Quem não queria possuir uma bota de sete léguas, ou encontrar príncipes encantados; quem não queria ter uma varinha de condão?

As histórias são catalisadores da imaginação sem fronteiras que caracteriza a infância. Esse, sim, é o caminho a ser explorado em um projeto pedagógico afinado com o século XXI.

Em um mundo marcado pelo lazer passivo da televisão, pela imobilidade dos apartamentos, pelas ruas apinhadas de carros, as histórias de fadas são um passaporte livre para o mundo da criança e para todos os processos formativos típicos da idade – a formação da personalidade, a construção de regras e valores, o desenvolvimento cognitivo, motor e socioemocional.





É aqui que entra a Escola.

Nosso papel não é o de inventar histórias, não é instrumentalizá-las como itens do currículo, nem tornar obrigatório um prazer tão natural. Ao contrário, nosso papel é mergulhar no fundo da fantasia, junto com as crianças, construindo permanentemente paralelos com a vida de cada um.

Voltamos ao começo desse texto. As histórias têm cheiros, cores, sabores, densidades. As histórias não são apenas processos mentais de intelecção, mas uma fábrica de sentidos e experiências.


2 comentários:

  1. Olha que legal esse endereço para as princesas:

    http://www.disney.com.br/princesas/princesas/index.html

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  2. Que amor essa Turma do Amor!
    Em cada ação linda que essas crianças vivem na escola podemos concluir a dedicação da Tia Mariana...
    Parabéns pela criatividade!
    Beijinhos,
    Tia Mirna,
    Turma da Paz

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